A
foto de Samuel Aranda, tirada dentro de uma mesquita utilizada como hospital
durante os confrontos entre polícia e manifestantes contrários ao regime do
presidente Ali Abdullah Saleh, serviu de retrato simbólico da Primavera Árabe
que inundou o Médio Oriente no ano passado, de acordo com o comunicado
publicado pelo júri do prémio. "É uma fotografia que fala em nome de toda
uma região. Representa o Iémen, o Egito, a Tunísia, a Líbia, a Síria, por tudo
o que aconteceu n Primavera Árabe. Mas mostra um lado privado, íntimo, do que
se passou. E mostra o papel que as mulheres tiveram, não apenas como
prestadoras de cuidados, mas como pessoas ativas no movimento", escreveu
Koyo Kouoh, um dos elementos do júri.
A Ana Rita Matos, aluna do
7ºH, refletiu sobre o cenário que a imagem mostra e apresentou, de forma
sucinta, a sua opinião sobre a situação em que se encontram as pessoas
retratadas e as emoções que poderão estar a sentir naquele momento
Acho que esta imagem demonstra claramente que,
mesmo durante a guerra e no meio de tanta desgraça, há sempre espaço para o
carinho entre as pessoas.
Nesta imagem, vemos um homem ferido devido à guerra
e também uma mulher a tentar confortá-lo. Talvez uma enfermeira, mas mesmo que
seja só isso, uma enfermeira, nota-se que sente um enorme carinho por aquele
homem que está a agarrar. Deve sentir uma enorme tristeza por ver alguém que
parece tanto amar, partir.
E esse homem ferido, por mais experiências que a
vida lhe possa ter trazido, saberá sempre que houve alguém, neste enorme
planeta, que o amou.
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